A recente explosão do design em Portugal pode ser sintoma de uma coisa boa e de uma coisa má.
A coisa má é a falta de substância que assola o marketing nacional. Na falta de algo relevante a dizer, as empresas não dizem nada – mas como têm um budget para gastar, mudam de logotipo, mexem no packaging, e para anunciar isso mesmo criam uma comunicação bonitinha mas oca. Nem vou dar exemplos para não bater no ceguinho: eles estão por aí, em todas as esquinas.
Já a coisa boa, naturalmente mais rara mas bem mais importante, é a capacidade que têm tido algumas empresas de design de pensar uma marca como deve ser, desde o alicerce, que está sempre num produto ou serviço com um benefício demonstrável, até à forma final que expressa o tal benefício. O caso Pluma, que o Carlos Coelho apresentou no Seminário Brand Works, é um excelente exemplo.
Entendido dessa maneira, e só dessa maneira, o design pode de facto mudar o apagado panorama das marcas portuguesas.
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Há 3 anos
2 comentários:
O mau design é quando se usa do design para iludir a falta de função.
No caso parece que o problema está em confundir "mudar o logotipo" com "trabalhar a marca". E infelizmente o Carlos Coelho pareceu-me fazer essa confusão. Pareceu-me que não soube parar no momento em que a Pluma é um espectacular projecto de design (bom design), e quis levar até ao ponto de apresentar como um projecto de marca (mau design).
É a única forma de nos distinguirmos. Pelo bom gosto que se calhar ainda temos de descobrir.
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