22.10.09

Estádios, sim. Implosão, sempre!

Os mais atentos terão reparado que o turismo sofreu um novo impulso em Portugal de 2004 para cá, especialmente nos destinos menos tradicionais.

Qual terá sido a causa? Isso mesmo: o Euro 2004 proporcionou visibilidade acrescida ao país e estimulou o aumento da oferta hoteleira.

Agora, que Portugal e Espanha resolveram concorrer à organização do Mundial 2018, não há pateta encartado que não aproveite para recordar o drama dos estádios subutilizados.

De uma vez por todas, construir estádios para o Euro 2004 foi a forma mais barata e eficiente que se pode conceber de contribuir para atrair as atenções do mundo

Países relativamente desenvolvidos e de vocação turística como Portugal devem organizar continuamente pequenos, médios e grandes eventos de impacto mundial. Se não forem de futebol, poderá ser de bilhar às três tabelas, mas, nesse caso, precisaremos de fazer umas centenas por ano para alcançar o mesmo efeito.

Países desenvolvidos organizam eventos, países atrasados (como a Macedónia, por exemplo), fazem campanhas publicitárias na CNN.

É certo que alguns dos estádios construídos pouco foram utilizados posteriormente para acolher jogos de futebol. Uma hipótese seria dar-lhes outro uso: se se faziam batalhas navais no Coliseu de Roma, também deve ser possível fazê-las no Estádio do Algarve.

Outra hipótese, falhando as restantes, seria implodi-los, que é uma forma inteligente de eliminar custos de manutenção. O que interessa é que cumpriram a finalidade para que foram construídos ou recuperados, capisce?

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