Quando se fizeram os primeiros anúncios de televisão cada spot durava meia hora.
À medida que o espaço foi encarecendo os spots foram encolhendo e os publicitários aprenderam a telegrafar mensagens em cada vez menos tempo.
Até que chegámos aos frenéticos dias de hoje em que uma cadeia americana de estações de rádio começou a vender blocos de 1, 2 e 5 segundos.
Haverá compradores? É possível comunicar alguma coisa em tão pouco tempo?
Os placards colocados nos estádios de futebol limitam-se a exibir os nomes das marcas que os pagam. Ora, em 2 segundos é possível dizer-se "Coca-Cola". Mas também é possível comprar-se 30 espaços de 2 segundos para passarem durante 1 hora e usá-los para repetir 30 vezes "Coca-Cola".
E isso serve para alguma coisa?
Se se trata de sustentar a presença de uma marca já implantada no mercado, é possível que sim. Além disso, é possível imaginarem-se soluções menos óbvias, mas ainda assim irritantes, tais como o recurso a micro-jingles ou a um brevíssimo slogan identificativo da marca.
Mas a repetição ad nauseam também poderá ser útil, se acompanhada de outros suportes, para impor uma nova marca.
E, segundo o professor Schmittlein da Universidade de Wharton, ainda há a possibilidade de deixar uma frase a meio e deixar que a audiência a complete: "Novidades?"
Decididamente, hoje estou num dia optimista.
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Há 3 anos
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