14.11.06

Um conto de Natal

Se bem entendi a notícia publicada no Meios e Publicidade, no Reino Unido há consumidores a acusar certas campanhas de serem publicidade enganosa. O motivo: querem fazer crer às criancinhas que não existe o Pai Natal.

Dava um bom enredo para um filme da época, não dava? O menininho sardento, filho de pai bêbado e mãe demitida pelo WalMart, convence o advogado cínico e falido a recuperar os seus ideais, processando as grandes corporações que andam a anunciar tamanha mentira. No fim, o juiz manda o Pai Natal voltar aos anúncios (dando emprego ao avô do menino, que é obeso e fica perfeito na personagem), o advogado barbeia-se, a mãe casa com ele e vão todos comemorar no shopping.

Pois é, quem diria. O Pai Natal, o mais bem sucedido dos mitos publicitários, durante 200 anos foi tão real como a infância. Agora que já não precisam dele, que já não ajuda tanto a vender, querem que acreditemos que afinal nunca existiu? Estes publicitários são uns aldrabões.

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