Os meus filhos foram surfar em Agadir. Como as ondas não estavam grande coisa, à tarde fomos a Taroudant, 70 quilómetros para leste, famosa pelo mercado berbere, pela ourivesaria, pela tinturaria milenar e pelos bons tapetes. Eu ia até com a ideia de comprar um.
Mas, transpostas as velhas muralhas, não pareceu fácil uma compra avisada. A cidade, um labirinto de gente e mercadorias, era qualquer coisa entre as mil e uma noites, a feira de Carcavelos e a favela da Rocinha.
Ou, por outro lado, era como a Internet.
Havia seguramente coisas interessantes para comprar. Mas no meio de tantos chinelos e despertadores fabricados na China, tanta roupa barata, móveis de segunda mão e artesanato de terceira, e tanto, mas tanto, lixo, o mais certo era passar ali a tarde e voltar com montes de bugigangas sem valor.
Até que apareceu um motor de busca. Meteu conversa (falava as línguas que fosse preciso) e, sem declaradamente querer cobrar nada por isso, foi-nos guiando pela confusão. Artigos em couro? É logo aqui, no terceiro beco malcheiroso à esquerda. Casa de banho? Mostro-vos a confeitaria do meu primo, em que até é mais ou menos limpa. Tapetes? Levou-nos directamente à loja que, essa sim, parecia saída dos tempos de Harun al Rachid.
Numa terra em que os preços são feitos ao momento, e de acordo com a cara e a lata do freguês, até agora não sei se paguei muito ou pouco pelo tapete que acabei por comprar. Mas para o “Trésor d’Aladin”, que é como a loja se chamava, foi com certeza bom negócio estar tão bem posicionado com o google lá do sítio.
Mas, transpostas as velhas muralhas, não pareceu fácil uma compra avisada. A cidade, um labirinto de gente e mercadorias, era qualquer coisa entre as mil e uma noites, a feira de Carcavelos e a favela da Rocinha.
Ou, por outro lado, era como a Internet.
Havia seguramente coisas interessantes para comprar. Mas no meio de tantos chinelos e despertadores fabricados na China, tanta roupa barata, móveis de segunda mão e artesanato de terceira, e tanto, mas tanto, lixo, o mais certo era passar ali a tarde e voltar com montes de bugigangas sem valor.
Até que apareceu um motor de busca. Meteu conversa (falava as línguas que fosse preciso) e, sem declaradamente querer cobrar nada por isso, foi-nos guiando pela confusão. Artigos em couro? É logo aqui, no terceiro beco malcheiroso à esquerda. Casa de banho? Mostro-vos a confeitaria do meu primo, em que até é mais ou menos limpa. Tapetes? Levou-nos directamente à loja que, essa sim, parecia saída dos tempos de Harun al Rachid.
Numa terra em que os preços são feitos ao momento, e de acordo com a cara e a lata do freguês, até agora não sei se paguei muito ou pouco pelo tapete que acabei por comprar. Mas para o “Trésor d’Aladin”, que é como a loja se chamava, foi com certeza bom negócio estar tão bem posicionado com o google lá do sítio.
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