Comentário repescado da caixa relativa ao post We sell or else:
Caro João,
Discordo completamente da sua conclusão.
O maior império de comunicação do planeta, o Google, foi montado por sobre o conceito de publicidade mensurável ao cêntimo. Faça a experiência, adira ao AdWords e comprovará maravilhado tudo o que D. O. diz neste filme. D.O. foi um visionário, a realidade acabou por se aproximar do discurso, e não o contrário. A única coisa discutível, da receita, os textos longos, não é discutível: o que é um site senão venda detalhada e argumentada?
Se me permite discordar mais uma vez (só pode ter sido uma distração), mkt relacional não substitui direct marketing; antes, estará contido em. É um galho da árvore, uma especialização. Como bem sabe, nem todo D.M. pressupõe obrigatoriamente um "relacionamento". Pode reivindicar sim, obrigatoriamente, uma acção. Que nem sempre se traduz num relacionamento.
E sim, D.O. está certo, não vai demorar muito para que as agências de comunicação de massas deitem a toalha. É um negócio em declínio, ao contrário de todo e qualquer tipo de comunicação dirigida e personalizada, o negócio do futuro.
Quem em sã consciência compraria as acções de uma agência de advertising, hoje? Haverá negócio menos rentável?
Ou antes: fará ainda sentido falar para as massas? Até quando? Ainda há massas? Até quando?
Ass:
Evangelizado Pleno de Fé.
Visit me at armandoalves.com
Há 3 anos
7 comentários:
O "envagelizado" pensa bem, é pena ser anónimo, faz falta mais gente que pense bem neste nosso sector.
O Evangelizado chama-se Gilson Lopes. Tive o privilégio de trabalhar com o João na Ogilvy & Mather Direct. Se precisarem de mim, o João tem o meu contacto.
O Gilson tem razão, ainda que - como todo evangelizado cheio de fé - exagere. Sim, ainda há massas. E creio que haverá sempre necessidade de comunicar para elas. Mas que o vendo sopra para o outro lado - como o Google e o seu modelo de publicidade demonstram perfeitamente - lá isso, sopra.
E o Adwords é só a ponta do iceberg. Há uma enorme economia "invisível" (pelo menos para a maior parte dos publicitários portugueses) que é marketing directo puro, turbinada pela internet.
E quando falo dos publicitários portugueses, incluo os que trabalham o Direct. Aí, penso que o Ogilvy também previu bem o que podia dar errado: o glamour das agências "generalistas" (ou seja, especialistas em mass media...) continua a fascinar o pessoal do marketing directo, enquanto o know how do MD continua a parecer pouco sexy, mesmo para os seus praticantes. Não é só por aqui que acontece - mas por aqui acontece de certeza.
A consequência é que a grande onda do marketing directo via internet se dá, neste momento, fora das agências de marketing directo (vide, novamente, o Google adwords).
Caro Jayme (que aliás foi quem me apresentou ao AdWords),
"...penso que o Ogilvy também previu bem o que podia dar errado: o glamour das agências "generalistas" (ou seja, especialistas em mass media...) continua a fascinar o pessoal do marketing directo,... "
Nem sempre é fascínio. Muitas vezes o que acontece é que o cliente prefere apostar em formatos tradicionais e duvida da eficácia do DM.
Exige da agência (mesmo as especializadas) as ferramentas de comunicação que dão mais nas vistas.
É um estágio do nosso mercado que felizmente, penso que está a mudar. Não sei precisar se a passos lentos, ou rápidos.
GL
Caro Jayme,
"...A consequência é que a grande onda do marketing directo via internet se dá, neste momento, fora das agências de marketing directo (vide, novamente, o Google adwords)..."
Ocorre que o próprio meio (ex: páginas do Google) vai aos poucos substituindo, junto ao cliente, o papel antes reservado à agência. É o que podemos observar nos recentes e contínuos movimentos do Google no sector (ex: venda de espaço no on-line/off-line). É de supor que já faltou mais para que comercializem também criatividade.
GL
(olá Gilson!)
Eu quero juntar-me à revolução!
Dois dos meus pet-projects-por-afinidade (tele2 e ActualSales) são sucessos demonstrativos da validade da resposta directa. No entanto o mercado continua surdo à razão e a premiar os feiticeiros da "geral".
Quantos de nós aqui têm Aston Martins na garagem? Pois os feiticeiros têem-nos.
O DO (mesmo fora de época) continua com razão:
- O mundo ainda se separa em resposta directa que é racional e economicamente relevante e a "geral" (criativa, design, experiencias) que se mantém vaidosa egoista e futil.
- Os da directa (eu) invejam a riqueza dos outros, da sua capacidade de vender ar e sonhos e gastar impunemente o dinheiro dos outros. Tanto invejam que os imitam, o nome relacional não é mais do que uma tentativa de parecer menos inteligente.
- A oportunidade é sempre boa (optima) para impor a razão porque as novas tecnologia (agora é a internet) são filhas da luz.
No entanto, mesmo o google compete com os passatempos online e a "online experience". Mesmo na internet a geral consegue criar as suas idioticas futilidades (como o second life) e facturar obscenidades.
Porquê? Porque é que eles não morrem? Porque é que eles ganham tanto dinheiro quando não dão nenhum a ganhar?
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