Bancos, telecomunicações, energia eléctrica, toda a gente me telefona a propor-me uma extraordinária benesse: substituição de extractos ou facturas em papel por documentos electrónicos.
É fantástico: prático, rápido, fácil de arquivar e, para cúmulo, protege as florestas e o ambiente.
Talvez, mas irrita-me que me tomem por parvo. Todos sabemos que o interesse deles não é nem o nosso bem-estar nem o do ambiente, mas a redução dos custos de produção e distribuição de documentos - uma pequena fortuna, como pode constatar qualquer pessoa que se dê ao trabalho de fazer as contas.
Justo seria, portanto, que repartissemos a poupança. Digamos, metade para eles, metade para mim.
Paguem-me para eu adoptar os extractos digitais, e fecharemos negócio. De outro modo, vão ter que continuar a aumentar os gastos em telemarketing, sem benefícios nem para eles, nem para mim, nem para o pobre ambiente.
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Há 3 anos
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