10.3.04

Quem premeia o quê



Nos comentários recentes a este blogue tem havido alguma discussão sobre que documentação deveria ser exigida aos anúncios que concorrem a prémios de publicidade.

Sem entrar numa discussão detalhada sobre o tema, que daria pano para mangas, eu queria chamar a atenção para o facto de que certos concurso internacionais -- o Caples Awards, por exemplo -- exigem informação detalhada sobre as campanhas concorrentes, incluindo os seus resultados.

Concursos como o de Cannes, pelo contrário, premeiam exclusivamente a criatividade. Estão no seu direito e desempenham um papel meritório, mas nós temos que ter consciência do que aí é valorizado e das limitações dessa perspectiva.

Mas o concurso mais fascinante -- e, a meu ver, o mais útil -- é o promovido anualmente pelo IPA (Institute of the Practitioners of Advertising) do Reino Unido. Cada concorrente tem que apresentar um dossier completo sobre a situação do mercado e da marca, objectivos e estratégia de comunicação, respectiva campanha, plano de meios e elementos que permitam ajuízar da eficácia da acção. Como é evidente, isto dá muito trabalho a organizar.

Os trabalhos premiados são anualmente publicados em livro, numa série intitulada Advertising Works que já vai na sua 13ª edição e que é um autêntico show de profissionalismo e paixão publicitária. Qualquer pessoa que queira de facto entender de publicidade deve ler esses volumes de uma ponta à outra.


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