Sobre a "marca Obama" um interessante artigo na Newsweek: http://www.blog.newsweek.com/blogs/stumper/archive/2008/02/27/how-obama-s-branding-is-working-on-you.aspx
Eu coloco marca Obama entre aspas pois lembro-me de um dos sobrinhos (o realizador) do Mário Soares numa reunião do MASP (Presidenciais de 2006) ter ido aos arames quando um colega meu criativo apelidou o candidato de "marca". LOL enfim fait-divers.
Sérgio, a meu ver, não se ganha nada (excepto uma aparência de modernidade) em chamar marca a um político (ou, já agora, a um país). Mas é evidente que faz todo o sentido analisá-lo no plano simbólico, e, mais especificamente, no plano icónico. Talvez um dia haja oportunidade de se discutir este assunto como eu acho que ele merece.
Eu chamo isto de ensaio, de visão da equipa de assessores, não deixando qualquer ângulo a descoberto. Mais do que o que o candidato possa dizer textualmente, é a imagem que dele percepcionamos que vai perdurar: o good feeling, ou bad, caso a coisa corra mal. O "mood" de cada aparição (pois... aparição) predispõe para que a audiência receba ou rejeite o discurso (a palavra do senhor) que se segue
Às vezes, pensamos um evento ao pormenor, não falha nada, tudo corre conforme o plano A. Até que um fotógrafo tira uma foto do protagonista com um post a sair-lhe da cabeça ou uma plantinha a colocar-lhe um "enfeite" na testa, e pronto, vai um trabalho inteiro por água abaixo, a imagem do candidato vira piadinha e a mensagem perde-se. Há que prever tudo. Há-que antecipar os ângulos maldosos dos jornalistas, as rasteiras do destino (e do cenário também), e criar até manobras de diversão para encobrir gaffes. Isto é um jogo. E, no caso do Obama, apreciavelmente bem jogado. Aliás, esta coisada do marketing político durante as eleições americanas é o que tem mais piada de assistir.
5 comentários:
Christ!
Reverendo Obama? :)
Sobre a "marca Obama" um interessante artigo na Newsweek:
http://www.blog.newsweek.com/blogs/stumper/archive/2008/02/27/how-obama-s-branding-is-working-on-you.aspx
Eu coloco marca Obama entre aspas pois lembro-me de um dos sobrinhos (o realizador) do Mário Soares numa reunião do MASP (Presidenciais de 2006) ter ido aos arames quando um colega meu criativo apelidou o candidato de "marca". LOL enfim fait-divers.
Sérgio, a meu ver, não se ganha nada (excepto uma aparência de modernidade) em chamar marca a um político (ou, já agora, a um país). Mas é evidente que faz todo o sentido analisá-lo no plano simbólico, e, mais especificamente, no plano icónico. Talvez um dia haja oportunidade de se discutir este assunto como eu acho que ele merece.
Eu chamo isto de ensaio, de visão da equipa de assessores, não deixando qualquer ângulo a descoberto. Mais do que o que o candidato possa dizer textualmente, é a imagem que dele percepcionamos que vai perdurar: o good feeling, ou bad, caso a coisa corra mal. O "mood" de cada aparição (pois... aparição) predispõe para que a audiência receba ou rejeite o discurso (a palavra do senhor) que se segue
Às vezes, pensamos um evento ao pormenor, não falha nada, tudo corre conforme o plano A. Até que um fotógrafo tira uma foto do protagonista com um post a sair-lhe da cabeça ou uma plantinha a colocar-lhe um "enfeite" na testa, e pronto, vai um trabalho inteiro por água abaixo, a imagem do candidato vira piadinha e a mensagem perde-se. Há que prever tudo. Há-que antecipar os ângulos maldosos dos jornalistas, as rasteiras do destino (e do cenário também), e criar até manobras de diversão para encobrir gaffes. Isto é um jogo. E, no caso do Obama, apreciavelmente bem jogado. Aliás, esta coisada do marketing político durante as eleições americanas é o que tem mais piada de assistir.
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