Tradicionalmente, o marketing de vinhos girava em torno da ideia de origem, ou, para usar uma expressão francesa própria do sector, do terroir, um conceito que abrange simultaneamente as características distintivas do terreno, do clima, da exposição ao sol e das práticas vinícolas tradicionais de um dado local ou região.
O terroir remete para o genuino, o tradicional, o local e o inimitável. Os vinhos do terroir exprimem a personalidade de uma terra e do seu povo, não podem ser transplantados sem perderem o seu carácter.
Prevalece aqui a óptica do produtor: é isto que fazemos, quem não gostar que procure outra coisa. No plano comercial, trata-se apenas de vender o que há, mas é óbvio que o principal argumento de venda é já do domínio do simbólico, dado que poucos produtos possuem uma carga significante tão marcada como o vinho, um dos mais antigos produtos do labor humano.
Quando os novos países produtores e consumidores (EUA, Austrália e Nova Zelândia, sobretudo) entraram em força no mercado, eles não tinham, como é óbvio, uma tradição para vender.
Inventaram então uma abordagem nova - nova neste sector, entenda-se - consistente em partir do consumidor para a partir daí construírem produtos e marcas. Por outras palavras, redescobriram o marketing.
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Há 3 anos
1 comentário:
Como bem disse, sempre houve um tradicionalismo envolto na imagem do vinho. Afinal, ele é a bebida mais antiga do mundo, presente nos momentos mais importantes da história da humanidade. No entanto, com a abertura de novos mercados, novos países produtores, aos poucos essa imagem, antes tradicionalista e clássica, passa a ser modificada e a ganhar uma publicidade baseada na modernidade, em novas tecnologias e terrois. O marketing de vinhos, principalmnente do novo mundo, ganha uma nova cara agora.
Jandy Anacleto, Campina Grande - Brasil
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