29.5.08

Cultura de serviço? Nem por isso

Receber a conta da água nunca é uma boa notícia. Mas desta vez foi um pouco pior. Ao tentar fazer o pagamento via internet, recebo uma mensagem de que a referência está errada. Tento outra vez, está mesmo errada.

Ligo para o SMAS de Oeiras, fico aqueles minutos da praxe a ouvir música, interrompida de 3 em 3 segundos pelas juras de que "a sua chamada é muito importante para nós".

Comunico o problema. Soluções? Vá tentando, que o problema não é nosso, é da SIBS. Se não conseguir até à data de vencimento, terá que passar por cá.

Mas, então, não vão tentar resolver o problema? Claro que não, meu caro senhor. Pois já não lhe disse que o problema é da SIBS, não é nosso?

Bonita coisa para se dizer a um cliente: o problema não é meu, é do meu fornecedor. Se ele não o resolver, não posso fazer nada. O estimado cliente desenrasque-se, e cara alegre. E ainda querem que se diga bem do serviço público.

A conta da água vinha acompanhada de uma simpática carta do presidente da Câmara. Isaltino, sempre empenhado em bem servir, pede-me para poupar água, e até dá dicas para ajudar. Quanto a me ajudar a poupar tempo, que é o que eu mais precisava, fica para a próxima.

2 comentários:

Anónimo disse...

O mesmo se poderá aplicar à EDP.

Tendo eu comprado casa nova, os técnicos que foram tratar da instalação da electricidade "não terão reparado" no tipo de tarifário que pedimos e que, aliás, constava do contrato.

Assim, fomos obrigados a telefonar para a EDP para pedir a regularização da situação.

"Lamentamos, mas ainda não temos registo da activação. Ligue amanhã".

No dia seguinte:

"Pedimos desculpa, mas ainda não temos registo... ligue segunda-feira".

Não sei quantos telefonemas mais depois, a situação (parece que) ficou resolvida.

O prestador de serviços comete um erro, e obriga o consumidor a telefonar n vezes, até "dar jeito" resolver o problema.

Mas que palhaçada é esta, afinal? Em que século vive a EDP?

Sibila Publicações disse...

E fazemos parte da Europa desde 86.

Eu poderia escrever um livro com reclamações dessas. Sugiro o hábito do Livro de Reclamações. Tenho visto milagres.

O LR não pode ser apenas uma intenção... tem de ser um hábito. É uma questão de civismo.

É que assim não vamos a lado nenhum.