7.4.09

Não é por aí



Leram o dossier que a Marketeer dedicou às redes sociais no passado mês de Março?

Uma iniciativa da Fanta em 2008 teve 400 page-views mensais e reuniu 1.150 amigos. A TMN tem uma estratégia de social networking, mas não revela números. Idem quanto à Optimus. Pouco excitante, como se vê.

Em contrapartida, o UAILDE, da McDonald's (em parceria com TMN, Zon Lusomundo, MTV e BPI), parece ter mobilizado centenas de milhares de consumidores. Mas eu tenho dificuldade em entender o que é que esta trivial plataforma promocional tem a ver com redes sociais.

Ao que parece, a acção da quase totalidade das marcas mencionadas nas redes sociais depara-se com escassa receptividade. Será caso para desistir?

O Twitter do Obama contava centenas de milhar de seguidores. Mas isso não é fantástico, tendo em conta que nos EUA há centenas de milhões de eleitores.

As redes sociais não podem pretender impactar milhões de pessoas como o faz a televisão. Na maioria dos casos, mobilizarão apenas um núcleo reduzido de activistas da marca, mas essa constatação não reduz a sua importância, se daí resultar um real efeito de alavancagem. Não esperamos deste tipo de meio elevada cobertura do target, mas alto potencial de engagement.

Logo, o que mais desaponta nos exemplos citados pela Marketeer não é a modéstia dos números de consumidores atingidos, mas a pobreza de ideias que eles nos revelam.

4 comentários:

Anónimo disse...

http://icones.sapo.pt/ford/

Redes sociais, target específico...

Domingos Pereira disse...

TMN, Optimus, McDonalds, Fanta... etc. Nenhuma destas marcas precisa lutar para ganhar notoriedade. O que estas marcam devem procurar com a criação e participação em comunidades online é a aproximação com os seus consumidores, coisa que pela tv não será possível. A ideia é interessante, a forma como é usada ainda é deficiente.
Curiosamente o que os poucos estudos apontam são o número de utilizadores quando isso em si não revela nada de especial nem prova nenhuma alteração no comportamento de consumo.
Em todo o caso, sou um defensor destas redes como uma ferramenta excelente para analisar necessidades e encontrar soluções.

Consumering disse...

Acho muito engraçado quando as marcas dizem que "tem uma estratégia" mas não sabem dizer qual é.
Talvez condiga com a pequenez dos números revelados.
Talvez seja porque as redes sociais não são negócio que se veja.
Quem tem de produzir resultados sabe bem o que valem estas modas.

Barata disse...

http://videos.sapo.pt/spaceboxthegame