Há cerca de 40 anos, um senhor chamado Howard Luck Gossage espantava-se de algumas peculiaridades do mercado publicitário. Para ele, um sistema de remuneração das agências baseado não em quanto dinheiro o cliente ganha, mas em quanto ele gasta, só poderia conduzir ao desastre. Também se referia à publicidade das grandes corporações como "a multibillion-dollar thumbtack sledgehammer to drive an economy-size thumbtack", ou seja, uma máquina absurdamente cara dedicada a produzir comunicação medíocre, repetitiva e importuna.
Já na última Archive, um senhor chamado Nizan Guanaes falava da sua descrença no velho sistema de comissões, ainda em vigor mais ou menos por todo o lado, e referia-se à insólita característica do mercado publicitário: enquanto noutras áreas ter mais dinheiro à disposição significa poder comprar o que há de melhor, "really enormous clients use all the power they have to get the worst, the ordinary, the ‘déjà vu’".
Ou o senhor Gossage estava mesmo à frente do seu tempo (o que é provável -- quem não conhece leia e inspire-se com "The Book of Gossage") ou esta actividade tem uma tendência a andar em círculos.
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Há 3 anos
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