17.9.07

Solidariedade

O Diário Económico dá-nos hoje uma extraordinária notícia: os patrocinadores estão solidários com a selecção nacional de futebol.

E desenvolve:
A Sagres, principal patrocinadora da selecção nacional de futebol, diz estar solidária com a equipa apesar do incidente que envolveu o seleccionador nacional (...). TMN e Coca-Cola também vão manter patrocínios. Já a Caixa Geral de Depósitos não fez comentários ao que aconteceu.
Muita confusão em tão poucas linhas. Estar solidário com a selecção, ou mesmo com a equipa, é a mesma coisa que estar solidário com o seleccionador? É o que parece.

E, depois, a solidariedade fundamental das marcas mencionadas não deveria antes ser para com o público, razão primeira e última de ser de um patrocínio?

Muito eu gostaria de saber se, passando-se o caso com uma equipa nacional americana, a Coca-Cola teria a mesma opinião. Variando assim os valores da marca de país para país, fica claro que, por estas bandas, temos uma globalização em part-time.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas é claro que a Coca-Cola estaria solidária com a selecção, mesmo se o incidente tivesse acontecido na América. Aliás, a Coca-Cola nunca faria declarações dessas. A selecção nacional de futebol é uma Instituição acima de qualquer suspeita, não existe isso de saber se se está "solidário" ou não. Ai de quem não esteja. Só mesmo em Portugal estes políticos provincianos e salazarentos, juntamente com alguma imprensa de sarjeta que gosta de ver o circo pegar fogo, não importa onde, aliados a alguns publicitários distraídos é que podem pensar que aquele incidente vai manchar ou afastar qualquer interesse ou apoio da generalidade da população à Selecção Nacional... de Futebol!!! hahahaha.

A opinião geral é que faltou sangue naquele soco.

O que este incidente me fez comprovar um bocado é a mesquinharia e a xenofobia daquelas pessoas que aproveitaram isso para afirmar que "nunca gostaram de Scolari", os mesmos que há meses atrás morriam de medo de Scolari ir para a Inglaterra.

Todas as derrotas no futebol, todo o deficit, todo o aumento de juros, todos os despedimentos, todas as cobranças coercivas de impostos, toda a Europa ainda não foram suficientes para imprimir um pouco de humildade a muita gente neste país. O que quebrará essa postura Salazarenta?

Sinal de que a carga ainda é suave. Começo a achar que um Sócrates não é suficiente.

Edie Falco