Comentário do Henrique Agostinho, retirado da respectiva caixa. Não corrigi as gralhas do texto, até por me parecerem óbvias.
(olá Gilson!)
Eu quero juntar-me à revolução!
Dois dos meus pet-projects-por-afinidade (tele2 e ActualSales) são sucessos demonstrativos da validade da resposta directa. No entanto o mercado continua surdo à razão e a premiar os feiticeiros da "geral".
Quantos de nós aqui têm Aston Martins na garagem? Pois os feiticeiros têem-nos.
O DO (mesmo fora de época) continua com razão:
- O mundo ainda se separa em resposta directa que é racional e economicamente relevante e a "geral" (criativa, design, experiencias) que se mantém vaidosa egoista e futil.
- Os da directa (eu) invejam a riqueza dos outros, da sua capacidade de vender ar e sonhos e gastar impunemente o dinheiro dos outros. Tanto invejam que os imitam, o nome relacional não é mais do que uma tentativa de parecer menos inteligente.
- A oportunidade é sempre boa (optima) para impor a razão porque as novas tecnologia (agora é a internet) são filhas da luz.
No entanto, mesmo o google compete com os passatempos online e a "online experience". Mesmo na internet a geral consegue criar as suas idioticas futilidades (como o second life) e facturar obscenidades.
Porquê? Porque é que eles não morrem? Porque é que eles ganham tanto dinheiro quando não dão nenhum a ganhar?
Visit me at armandoalves.com
Há 3 anos
5 comentários:
Caro Consumering,
Eu creio que a revolução já está em mais do que curso. Para o ilustrar, fica aqui um cliché eficaz: a marca Google já vale mais do que a marca da Coca-Cola. Mais revolução que isto, em menos de 10 anos...
Eu penso que hoje, mais que nunca os profissionais de comunicação e (de) marketing devem assumir um papel "evangelizador" – a bem da "revolução", cada um tem de fazer a sua parte –, apresentando outras soluções para os clientes... antes que seja tarde. Afinal, nunca houve tanta vida para além da televisão.
De certa forma, o mercado já está a fazer essa "evangelização". Cada vez mais há empresas especializadas (eventos, planeamento, web-design...). Consta que é um fenómeno mundial.
Uma conclusão possível é que os clientes estariam a se "evangelizar" antes do que as agências... acaba por ser mais rápido e produtivo falar com um especializado do que com um resistente, que continua a insistir no spot.
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Não faz sentido a guerra AD/DM... perde sempre o cliente. O mercado deveria orientar-se antes pela eficácia. Se essa "guerra" ainda existe, é mau sinal.
Por outro lado, DM demanda um grau de sofisticação tal (da agência e do cliente), em termos de planeamento, criatividade, mecanismos de logística, armazenamento, captação de dados, execução de follow-ups, tratamento de informação, etc. que se calhar não há ainda, no nosso mercado, oferta de serviços suficiente que responda a isso (o que influi nos custos), excepto para grandes clientes. Será a eterna desculpa da falta de escala?
Quanto ao seu penúltimo parágrafo, tenho as minhas dúvidas: parece-me que o Second Life é direct marketing em estado puro, não? Tem a identificação do visitante, registo de comportamentos e captação de informação.
Já agora, não consigo imaginar nada que se passe na Internet que não seja uma acção de direct marketing.
Second Life é na verdade mais um programa da grelha, um entretenimento. Como uma novela ou um "Um Dois Três".
Deve ser uma boa oportunidade para divulgar marcas ou anúncios.
GL
Gilson, que optimismo!
A minha observação diz-me que na internet onde as potencialidades da resposta directa são infinitas a guerra do crescimento está a ser ganha pela "geral".
O second life per si não tem mal nenhum, verdadeiramente, zero. O que tem mal é haver empresas a gastar fortunas para ter aí presença, porque a mais breve analise económica demonstra esse gasto como irracional, porque a justificação para esse gasto é feita com base nas balelas irracionais tão caras à "geral".
Esse é o mal do second life é ser usado para fins anti-económicos. A internet (mesmo a 2.0) está embrenhada numa nova irracionalidade exuberante (uma bolha) e garanto que hoje em dia são aí mais vultuosos os gastos irracionais do que os razoáveis e económicamente justificados.
Tal como contrariaram a previsão de DO, os da geral tomaram de assalto também a internet. E eu sempre me pergunto, como conseguem?
A internet é um laboratório onde prospera a razão e o bom senso (ver ActualSales um modelo que não se via desde Claude Hopkins) mas também aí prospera a idiotice, a ignorância. Com marcas a gastar 2milhoes de euros/mês para venderem não mais de mil telemóveis.
como é que conseguem?
Caro Henrique,
"O second life per si não tem mal nenhum, verdadeiramente, zero. O que tem mal é haver empresas a gastar fortunas para ter aí presença, porque a mais breve analise económica demonstra esse gasto como irracional, porque a justificação para esse gasto é feita com base nas balelas irracionais tão caras à "geral"."
Se é comprovadamente um investimento mal gasto, Henrique, eu creio então estarmos ou perante um caso de incompetência (?) da agência e do anunciante. Se calhar é por isso que há tantas contas a mudar de agência todos os anos. Ou empresas a mudar de directores de marketing.
"A internet (mesmo a 2.0) está embrenhada numa nova irracionalidade exuberante (uma bolha) e garanto que hoje em dia são aí mais vultuosos os gastos irracionais do que os razoáveis e económicamente justificados."
Será?... Terá a cerveja Foster errado em apontar todos os seus investimentos de publicidade, na Internet? Não terá hoje a Internet uma audiência muito maior do que se supõe, ou se afere? Eu só sei que hoje tanto eu como muita gente que conheço prefere estar a navegar na Internet do que ver televisão. Eu confesso não ter uma ideia formada sobre isso, pode ser que a sua dúvida faça todo o sentido.Teríamos de ter os números à frente.
"Tal como contrariaram a previsão de DO, os da geral tomaram de assalto também a internet. E eu sempre me pergunto, como conseguem?"
À partida, têm mais poder de fogo, têm uma abordagem mais "sexy" junto ao cliente e contam com a ajuda de algum "complexo de inferioridade" do pessoal do DM. Há mais um factor. Tal como a "geral" olha para a Internet como um novo território de caça sem entretanto saber – tão bem como os profissionais de DM – como explorar toda a sua potencialidade, muitas vezes contam com a mesma ignorância por parte dos clientes. Quando isso acontece, são dois "newbies" a atirarem-se a algo que às vezes não sabem bem como potencializar. Recentemente tentei participar (como consumidor) de uma promoção de uma famosa marca de fast-food, em que deveria validar pontos num site e, ao chegar ao site, não há qualquer explicação de seja o que for. Muito menos havia explicação no ponto de venda. Apenas um código no talão da caixa e um URL. Enfim, deduzi ser aquela esta uma acção feita sem grande conhecimento ou preocupação com detalhes que nunca passariam despercebidos a profissionais de DM ou de Promoção de Vendas. Este é apenas um; eu acredito que toda a gente conhece outros exemplos.
"A internet é um laboratório onde prospera a razão e o bom senso (ver ActualSales um modelo que não se via desde Claude Hopkins) mas também aí prospera a idiotice, a ignorância. Com marcas a gastar 2milhoes de euros/mês para venderem não mais de mil telemóveis.
como é que conseguem"
Há razões que a própria razão desconhece... entram aí muitas variantes...
Só para resumir, penso que a malta do DM está a perder o eléctrico da Internet, pelo menos em Portugal. Internet está a passar ao lado. Talvez quem esteja a liderar a Internet em Portugal sejam as empresas de Web. Mas são apenas conjecturas.
E insisto, muitos clientes ainda não sabem ou não acreditam no potencial da Internet (toda a gente conhece casos desses, gritantes). Os que sabem, às vezes não encontram o melhor interlocutor na sua agência, e acabam por contratar uma "especializada".
Bom Domingo.
GL
Caro Henrique, envio aqui um link, atítulo de curiosidade:
http://ems6.net/a/?E=XTC-Y8Y-J15LC-DD-G4TO
Nada de mais, é uma newsletter espanhola sobre marketing digital que mostra um pouco do ponto de vista de nuestros hermanos.
Pode ser que tenha interesse.
GL
é isso, esquecer os milhares de razões frustrantes que permitem a manutenção da "geral" enquanto hobby caro e improdutivo. Concentrar energias em aproveitar as oportunidades online (ignorancias de todas as partes incluidas) para tentar influenciar o resultado final.
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