Porque é que a TMN decidiu mudar de logotipo? O que é que havia de errado com o antigo? O que é que o novo traz de novo? Que contribuição dá ele para a consolidação e reforço da marca? O que é que o negócio da TMN vai ganhar com isso?
Confesso que não percebo.
Em particular, não entendo esta mania que as empresas portuguesas parecem ter de deitar fora o que têm e recomeçarem tudo do princípio. Pensem na quantidade de empresas que, para além da TMN, têm feito isso nos últimos tempos: BCP, EDP, e por aí fora.
Agora, tentem imaginar a Coca-Cola, a Shell ou a Citroen a fazerem a mesma coisa. Impossível, não é?
Que espécie de confiança têm as pessoas no poder milagroso da transformação gráfica de um logotipo para se predisporem a gastar fortunas nestes exercícios?
A identidade gráfica não tem o poder de alterar a imagem de marca ou de tornar mais atraente o seu posicionamento. Na minha opinião, tudo o que podemos pedir à identidade visual é que crie um quadro estável e coerente, no qual a marca possa afirmar-se e evoluir. Mas trata-se da forma, não do conteúdo.
Note-se, porém, que se o logo é completamente refeito com grande frequência, destrói-se a tal identidade que, precisamente, se procura criar, desestabilizam-se as percepções e enfraquece-se o poder aglutinador da marca.
Cá fico curioso à espera de saber mais sobre os fundamentos de marketing desta decisão.