13.12.05

O que há de errado com a publicidade da Renova

Nas últimas décadas, os publicitários descobriram que, em mercados de baixo envolvimento e reduzida diferenciação, não é forçoso alegar a superioridade da nossa marca par ter êxito.

Além disso, sendo frequentemente trivial a promessa publicitária (exemplo: certa cerveja mata a sede), nem sequer é preciso haver propriamente uma promessa.

Na Renova e noutros sítios, concluiu-se que a mensagem que a publicidade transmite não é importante, desde o momento que chame a atenção - de preferência chocando as pessoas. Vai daí, surgem campanhas como essa que a marca presentemente está a veicular, que diz não sei quê sobre os bem-aventurados e apresenta imagens de uma favela onde um sujeito qualquer se apresenta em pose de profeta.

Que há de errado nisto?

Fundamentalmente, não há qualquer garantia de que a campanha chame a atenção das pessoas que compram papel higiénico e que, quer se queira quer não, são as donas de casa. Mesmo que a função da publicidade seja apenas criar notoriedade, é preciso assegurar que os temas em que a comunicação se baseia motivem o público alvo da marca.

Esta é capaz de ser a questão mais premente da actualidade, mas hoje fico por aqui. É que estou com pressa...

5.12.05

Alice

É sempre um prazer receber a Alice. Da deste outono sei que traz um guarda-chuva preto na capa, que está chique como sempre, e pouco mais - que a vida é uma correria e a Alice é para ler com calma. Mas minto: já deu para ler o artigo do Ricardo Miranda sobre os 9 livros que mudaram a publicidade - e recomenda-se.