Nas últimas décadas, os publicitários descobriram que, em mercados de baixo envolvimento e reduzida diferenciação, não é forçoso alegar a superioridade da nossa marca par ter êxito.
Além disso, sendo frequentemente trivial a promessa publicitária (exemplo: certa cerveja mata a sede), nem sequer é preciso haver propriamente uma promessa.
Na Renova e noutros sítios, concluiu-se que a mensagem que a publicidade transmite não é importante, desde o momento que chame a atenção - de preferência chocando as pessoas. Vai daí, surgem campanhas como essa que a marca presentemente está a veicular, que diz não sei quê sobre os bem-aventurados e apresenta imagens de uma favela onde um sujeito qualquer se apresenta em pose de profeta.
Que há de errado nisto?
Fundamentalmente, não há qualquer garantia de que a campanha chame a atenção das pessoas que compram papel higiénico e que, quer se queira quer não, são as donas de casa. Mesmo que a função da publicidade seja apenas criar notoriedade, é preciso assegurar que os temas em que a comunicação se baseia motivem o público alvo da marca.
Esta é capaz de ser a questão mais premente da actualidade, mas hoje fico por aqui. É que estou com pressa...
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Há 4 anos