25.9.08

Não foi por culpa da publicidade

19.9.08

Conferência Anual da APAN



A I Conferência Anual da APAN, a realizar no próximo dia 8 de Outubro no Fórum Tecnológico de Lisboa, terá como tema central o Consumer Engagement.

Da parte da manhã falará Alan Moore, orador principal da conferência e autor de diversas obras pioneiras sobre o tema. À tarde, haverá dois painéis: o primeiro tratará da eficácia do investimento de comunicação, o segundo, de como ganhar o direito à relação com o consumidor.

Caber-me-á moderar o primeiro painel, no qual intervirão Manuel Maltez (WPP), John Kearon (Brain Juicer), Jon Wilkins (Naked Communications) e José Marquitos (RTP).

Para saber mais, visitem o site da conferência.

18.9.08

O Presidente e a fórmula

Os pobres ignorantes que nós somos imaginam que liberalização do mercado significa que os preços são determinados pela interacção entre a oferta e a procura.

Nesse quadro mental, que agora se revela algo primitivo, as pessoas compreendem que o aumento da procura faz subir os preços e aceitam que o mesmo sucederá se crescerem os custos de produção.

Há dias, porém, o Presidente da Galp veio explicar-nos que, apesar do mercado de combustíveis se encontrar liberalizado, ele não pode fazer nada para assegurar que os preços desçam quando desce o preço do petróleo, porque, na verdade, o tarifário é determinado por uma fórmula.

Talvez isso seja exacto, mas nem é entendível para o público, nem abona muito em favor de gestores que, afinal, podem ser substituídos com vantagem por uma simples máquina de calcular. Pensando melhor, talvez fosse melhor voltarmos aos preços tabelados, visto que a fórmula usada pela Direcção Geral de Energia era mais favorável aos consumidores.

Coisas como estas não apenas desqualificam o capitalismo e a liberalização dos mercados, como mancham a reputação das empresas gasolineiras e das suas marcas.

Depois, não se esqueçam de fazer uma campanha de publicidade institucional proclamando o amor que nos dedicam, está bem?

15.9.08

A sério?

Vinha no Briefing de há uns dias a seguinte pérola, que já no título traz uma revelação inédita, uma verdadeira bomba:

"Estudo AEP. Publicidade influencia compras".

A sério?!! Pois eu pensava que era só às vezes. E julgava, como já dizia o sempre citado lord Leverhulme, que nem sequer sabemos ao certo quais vezes.

Pois a notícia do Briefing dissipa todas as dúvidas:

"A publicidade no ponto de venda e na televisão, seguidos da imprensa, internet e rádio, foram identificados como sendo os principais influenciadores nas decisões de compra dos consumidores."

Mas há mais:

"Efectuado junto de 26.900 consumidores que frequentam grandes cadeias, o estudo revela que 83% dos inquiridos prefere comprar produtos nacionais"

E isto significará que 83% realmente os compram? Nem por isso, como se comprova no final.

"Ainda no âmbito desta pesquisa, concluiu-se que os consumidores com um poder de compra mais reduzido são os que indiciam mais tendência para a compra de produtos nacionais"

"Tendência" deve significar que os tais consumidores remediados são os que mais declaram essa intenção. O problema, como dizia o poeta, "é que há distância entre intenção e gesto".

Por fim, a ressalva decisiva: "o preço continua a apresentar-se como um factor decisivo no acto de compra para grande parte dos consumidores. Por isso, quando estes não são competitivos a opção acaba por ir para produtos estrangeiros". Oh! Nem quero acreditar.

Estão a ver como é importante fazer estudos e ler notícias? Sem eles, quanto não ignoraríamos sobre os misteriosos meandros da mente do consumidor!

3.9.08

A fragmentação continua

O discurso de aceitação de Barack Obama foi escutado através da televisão por 40 milhões de pessoas, um número considerado elevadíssimo pelos comentadores.

No entanto, 40 milhões de pessoas é apenas 1/8 (ou, mais precisamente, 13,1%) da população americana. Os outros 265 milhões passaram ao lado.

Mais acção e menos conversa

Conselhos de Al Ries:
Like advertising, PR needs to think long-term. It takes a while for a good PR concept to develop traction. The first modern-day Olympics attracted only 300 athletes from 13 countries. The Beijing Olympics attracted more than 10,000 athletes from 205 countries. (There are 192 members of the United Nations.)

When you launch a PR program, your first thought should be, "What can we do?"

Actions speak louder than words.
O artigo está recheado de boas ideias e de histórias surpreendentes. Por exemplo: sabiam que a eleição de Miss América foi inventada para promover Atlantic City, não a beleza feminina?