29.7.10

O que procuram os clientes?



Alguém vai à Brasileira, à Bénard ou à Versailles por causa da bica, dos croquetes ou dos duchesses?

Poucos, claro está. O atractivo de locais como esses está no ambiente ele próprio.

Faria pois sentido que os respectivos proprietários se dedicassem mais a cuidar dele. Poderiam tomar como exemplo a Portugália, uma cadeia que, com um produto diferente e outra clientela, soube entender o que nos encanta nas suas cervejarias.

Percebe-se muito mal o grau de desleixo e a falta de critério na selecção dos menús que qualquer desses três estabelecimentos exibe. (Parênteses para distinguir a qualidade do serviço humano na Versailles.)

Tudo aquilo precisava de uma revisão de alto a baixo, a começar pela louça e a a acabar pelo serviço de balcão. Mas o que mais falta ali faz é uma noção clara do posicionamento indicado para casas como aquelas.

Evidentemente, parte crucial desse necessário reposicionamento seria a subida dos preços praticados, visto que, sem isso, a prazo a sua sobrevivência será impossível.

Enfim, é mais ou menos destas coisas que falamos quando falamos de marketing de experiências.

1 comentário:

Lúcio Correia disse...

Muitas vezes a procura desses locais, para além da localização\ambiente e da magia\nostalgia que encerra, também é condicionada pela forma como se é tratado por quem representa esse estabelecimento - os empregados...olhos nos olhos e educadamente, com atenção e carisma, em vez de com um "o qué que quer" roscov, tipido de quem está a trabalhar num local em que parece que está a fazer um favor ao cliente ao lhe servir o café, ou fica de nariz empinado quando se pede que quer um bife mais ou menos passado...tudo é nostálgico quando saímos desse local,(para o bem ou mal) claro que uma sugestão ao chefe da casa nunca fica mal (a não ser que o chefe também seja um trombudo e de mentalidade fechada,) isto sem fazer qualquer referência aos locais que o professor aqui menciona, se bem que por vezes esse também poderá ser o obstáculo primário, e muitas vezes alguns individuos não aceitam de bom agrado dizer-lhes que durante toda a vida (enquanto houve fartura e havia para todos)estiveram a trabalhar mal e agora é necessário actualizarem-se e inovarem para fazer frente à concorrência.