Eric von Hipel, um autor que há muito tempo insiste no papel decisivo que os utilizadores desempenham no
desenvolvimento de novos produtos - entre eles o skateboard e a máquina de lavar louça - assina agora na MIT Sloan Management Review um
artigo em parceria com Ogawa e Jong que nos dá a conhecer um estudo sobre prática levadas a cabo pelos consumidores nos EUA, no Reino Unido e no Japão.
Eis algumas das mais importantes conclusões:
1. As prática de inovação iniciadas pelos consumidores são muito mais comuns e relevantes do que se imaginava. Assim, 6,1 dos americanos, 5,2% dos britânicos e 3,7% dos japoneses com mais de 18 anos dedicam-se à criação ou transformação de bens de consumo.
2. No Reino Unido, o investimento estimado dos cidadãos em I&D de bens de consumo ultrapassa o da soma de todas as empresas.
3. A difusão dessas inovações é muito diminuta, nalguns casos porque não são relevantes excepto para o seu criado, noutros porque quase ninguém tem conhecimento delas.
Hippel antecipa novas estratégias de desenvolvimento de produtos em que as empresas reduzem consideravelmente os riscos envolvidos no processo, tornando-o assim simultaneamente mais eficaz e eficiente.
Todavia, tendo em conta que a) os consumidores inovadores têm cada vez mais facilidade de produzir e comercializar os seus inventos e b) aqueles que não o queiram fazer podem patenteá-los ou ceder os respetivos direitos, não resulta evidente que as empresas consigam no futuro comandar este processo e apropriar-se dos seus frutos como fizeram no passado.
Dêem uma olhada à plataforma
Thingiverse, uma comunidade online onde os inventores partilham os resultados do seu trabalho.
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