Quando, há uns anos, após quase duas décadas em agências de publicidade, decidi abrir a minha própria empresa, senti aquele frio na barriga que deve ser comum a todo empreendedor de primeira viagem.
“O mercado está tão mau (brrr)… a concorrência tão feroz (brrr)… Será que vou morrer à fome?”
Até que caí em mim: se, depois de tantos anos a construir marcas, eu não era capaz de vender os meus próprios serviços, que diabo de profissional de marketing era eu?
Talvez fosse um raciocínio ingénuo – mas foi o que me encheu de brios para criar a Hamlet. Com o compromisso, que assumi comigo mesmo, de que por aqui não seria "casa de ferreiro, espeto de pau".
Pois foi com esse mesmo pressuposto ingénuo que há uns tempos comecei, por razões várias, a prestar atenção à forma como as nossas escolas de marketing promovem os seus cursos. Pela lógica, se é lá que estão os doutores na matéria, o seu marketing deve ser fantástico, certo?
Bem… as conclusões não foram bem essas (veja-as aqui). Mas depois tive mais um motivo para voltar a pensar no assunto.
É que há algumas semanas estive em Chicago para um curso sobre marketing digital. Paguei, por três dias de formação, mais passagem e estadia, quase o que custa um mestrado completo por aqui.
E valeu a pena? Na verdade, já tinha começado a valer antes mesmo de eu embarcar.
A primeira lição de marketing foi a própria forma como conseguiram que me inscrevesse. Como me levaram do cepticismo ao interesse, do interesse ao entusiasmo, até que não tive remédio (eu e muitas outras pessoas do mundo inteiro) senão sacar do cartão de crédito. Magistral. Quer saber como conseguiram?
As escolas de marketing, que nestes tempos difíceis desconfio que têm tido dificuldade em encher algumas turmas, certamente ganhavam em prestar atenção a esta aula. Mas não só elas. Palpito que a maior parte das empresas também ganhava.
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Há 4 anos
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