Será verdade que as marcas associadas a produtos triviais não podem aspirar a envolver os consumidores do mesmo modo que o fazem as Nikes e as Apples deste mundo?
E significará isso que as estratégias não-interruptivas aconselháveis na net se encontram genericamente vedadas aos produtos de baixo envolvimento?
Não, mil vezes não, e tampouco é necessário inventar a roda para descobrir como há de fazer-se.
Reparem, aliás, que esse problema foi resolvido há décadas pela publicidade tradicional, a qual se esforça por conferir importância a coisas que, precisamente, não têm importância, nem que seja pelo espaço de 30 segundos. E como o faz? Ora, relacionando-as com uma área mais vasta de interesses ou preocupações do público alvo.
O leite é relacionado com o amor materno; a cerveja com a paródia; a cola com a alegria de viver; o dentífrico com a sociabilidade; o desodorizante com a atracção sexual; e por aí fora. Apesar de décadas de utilização desta técnica, ainda resta muito espaço por ocupar.
Online como offline, o segredo consiste em expandir o domínio de significação dos produtos para territórios simbólicos em relação aos quais pode invocar alguma relevância.
Não há propriamente nenhuma novidade nisto.
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Há 4 anos
1 comentário:
Barbeador Gillette. Bolachas Oreo. Donuts. BigMac. Coca Cola. Durex. Alguns minutos de consumo e envolvimento para toda a vida.
Não sei se percebi a sua questão.
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E o envolvimento com as redes sociais?
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