22.12.10

De onde vêm as boas ideias?



Vejo algumas sérias limitações na perspectiva de Steve Johnson apresentada neste video.

A primeira é que as boas ideias só surgem se houver desafios práticos, ou seja problemas para resolver. Sociedades de gente ociosa não inventam muita coisa relevante.

A segunda é que temos hoje uma certa tendência para valorizar as ideias independentemente da capacidade de pô-las em prática. O que, por sua vez, nos leva a duas questões complementares: a) pode considerar-se boa uma ideia que ninguém consegue pôr em prática?; c) pode ter boas ideias alguém que não domina as condições e as ferramentas que permitem a sua concretização?

Eu tenderia a afirmar que o preconceito hoje dominante vê as ideias como um processo puramente mental (seja individual seja colectivo), quando a verdade é que elas só ocorrem e fazem sentido no contexto de formas de vida, de trabalho e de lazer bem determinados.

PS: Quem já viu o filme Redes Sociais (história ficcionada do Facebook) não pode deixar de questionar-se quem teve afinal a ideia: os manos Winklevoss ou Mark Zuckerberg? E tu, o que é que achas?

2 comentários:

Domingos Pereira disse...

Eu costumo dizer que não há bom trabalho sem bons resultados. O mesmo vai para as boas ideias. Apenas se pode considerar se a ideia é boa ou não depois da sua concretização. Ou seja, uma ideia nunca "É" boa, antes, "FOI" boa.

Luís Monteiro disse...

E nos casos em que a ideia é "boa" e a concretização, por razões alheias, é um verdadeiro desastre? Isso faz com que a ideia passe de "boa" a "má"? Obviamente que não.
Feliz ou infelizmente, este tipo de assuntos não podem ser analisados tão superficialmente.