Num notável artigo («Ventos, eventos e inventos»), cuja segunda parte saiu ontem no Público, Eduardo Cintra Torres mostra como a fragmentação da sociedade condiciona o modo como funciona a tv generalista e põe em causa a eficácia da publicidade tradicional.
Todavia, ele confunde evento com espectáculo e retira daí algumas conclusões equivocadas.
Todos os eventos são espectáculos, mas nem todos os espectáculos são eventos. Um evento é único e irrepetível e é aí que, explorando a curiosidade natural do público, reside o seu poder de atracção: não participar num evento é perder uma oportunidade que não volta mais.
A grande maioria dos chamados eventos promocionais não merecem, portanto, esse nome. São apenas mais uma actividade rotineira, concebida sem propósito claro nem fantasia, o que condiciona negativamente o seu impacto. Possivelmente, traduzir-se-ão num desperdício de tempo e dinheiro.
São, em suma, má comunicação de marketing.
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Há 4 anos
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