Comprei por curiosidade uma nova publicação de economia e gestão e pus-me a ler o editorial.
Constatei que, na opinião do articulista, o aço é uma matéria-prima e o atum Ramirez um «emblema do sector primário». Saberá ele o que é o aço, como se fabrica e a que partir de que matérias-primas? E julgará que as sardinhas são pescadas já enlatadas, única justificação para classificar no sector primário uma actividade industrial?
Leio mais um bocadinho e apercebo-me também de que, para ele, «mítico» e «místico» querem dizer a mesma coisa. Cada cavadela, cada asneira.
Como é possível que quem não domina sequer a língua portuguesa se permita opinar sobre assuntos de elevada complexidade? Se esta situação fosse excepcional, ainda vá: a gente deixava de comprar a publicação prevaricadora, e estava o caso resolvido.
O problema é que a ignorância não só é endémica como não pára de crescer. Como diria o outros, temos de preparar-nos para combatê-la nas nossas praias, nas nossas ruas, nas nossas casas.
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Há 3 anos
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