Talvez nunca como hoje na história da humanidade se tenha falado tanto da importância da inovação empresarial como via para o progresso económico e social.
Porém, como muito bem sabem aqueles que trabalham em marketing e publicidade, nem sempre essa retórica se traduz em atitudes práticas. Na verdade, há boas razões para suspeitar que há hoje menos inovação genuina do que no passado.
Um dos problemas com que nos defrontamos é que, embora toda a gente concorde que as ideias são vitais para o sucesso das empresas, ainda ninguém inventou um método satisfatório de vender ideias.
Antes de o criador explicar a sua ideia, ninguém sabe se ela vale alguma coisa. Depois de ter explicado, já não é preciso pagar por ela.
Por isso, uma empresa não pode pagar as ideias uma a uma. Isso pura e simplesmente não é viável, porque não acautela os interesses do inventor.
Para os criadores, a única via aceitável consiste em pagar-se a sua capacidade de ter ideias, e depois exigir-se um fluxo razoavelmente contínuo de resultados. É assim que trabalham as agências quando contratam criativos. E é esse mesmo princípio que aplicam os anunciantes que sabem como tirar partido da sua agência.
Mas como é que alguém prova a sua capacidade de ter ideias? Uma empresa suíça saíu-se recentemente com um conceito interessante: abriu uma loja onde as pessoas podem apresentar um problema e, a troco de um pagamento, trazer de lá um embrulho com 10 possíveis soluções. É claro que a loja, em si mesma, não dá dinheiro; serve só para promover a capacidade da empresa.
Nalebuff e Ayres, dois professores americanos, tiveram uma ideia ainda melhor: montaram um site na internet onde propoem ideias sobre tudo e mais umas botas. Vá ver, quem sabe se não haverá lá algo para si.
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Há 4 anos
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