Quando fui ver o correio, que emoção. Uma carta do Scolari! E era para mim!
Depois que me refiz, vieram as perguntas. O que é que ele queria de mim, exactamente? Ou, falando em marquetês, qual era o resultado esperado daquela acção de comunicação? E, supondo que havia um resultado esperado, como é que se teria a certeza de que fora atingido? Ou ainda: como controlar que esse investimento tinha dado retorno?
Tudo isso seria mera especulação de um publicitário que por acaso também pertence ao público alvo, como tantas vezes acontece, a não ser por um pequeno detalhe. É que, até onde consegui perceber, quem pagou a simpática cartinha do Scolari não foi o Scolari. Fui eu.
Só depois de receber a carta é que vi o filme correspondente. O filme está engraçado, foi o principal comentário que ouvi dos publicitários com quem falei. Eu concordo. O que não acho nada engraçado é pensar que o dinheiro do contribuinte é usado para acções sem um propósito específico. Acções que servem mais aos objectivos políticos de alguém do que ao interesse de todos.
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Há 4 anos
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